
O Fim de uma Era ou Apenas Mais Um Papa? O Mistério que Envolve Francisco e a Profecia do Último Papa
A morte do Papa Francisco em 21 de abril de 2025 não foi apenas o encerramento de um pontificado; para muitos, ela marcou um ponto de inflexão histórico e espiritual. Francisco foi o primeiro papa jesuíta, o primeiro vindo das Américas e um dos mais simbólicos em tempos de polarização interna na Igreja. Sua figura já carregava um peso profético mesmo antes da morte, e agora, com sua partida, ressurge um antigo debate: ele seria o último papa previsto pela misteriosa profecia de São Malaquias?
A Morte de Francisco: Quando o Silêncio se Torna um Grito Profético
O falecimento do papa argentino ressoou no mundo inteiro, mas foi no campo das profecias e do imaginário escatológico que seu impacto se intensificou. A ausência imediata de um sucessor, somada ao vácuo de liderança espiritual global, fez muitos voltarem os olhos para o texto de São Malaquias. A sensação de que algo “além do natural” está em curso — ou foi iniciado — é palpável entre teólogos, estudiosos e até mesmo leigos atentos aos sinais dos tempos.
E em tempos de descobertas arqueológicas, como a recente revelação da tumba de Tutmés II, que reacende debates sobre a figura de Moisés, é impossível não fazer paralelos com histórias de sacrifício e fé [Leia mais aquii: Relação de Tutmés II e Moisés]. Moisés, como libertador do povo hebreu, já apontava para um libertador maior — Jesus — que, séculos depois, se entregaria por toda a humanidade. Da libertação física no Egito à salvação eterna na cruz, a narrativa da redenção sempre esteve entrelaçada ao amor de Deus por nós [Leia aqui: Uma História de Sacrifício e Amor na Cruz].
Malaquias: O Profeta do Fim ou o Primeiro “Fake News” da Cristandade?
Quem foi Malaquias? E por que ainda o escutamos?
Malaquias de Armagh foi um bispo irlandês do século XII, conhecido por sua devoção, milagres e por supostamente ter tido visões durante sua visita a Roma. Segundo registros, ele teria escrito uma lista de 112 papas futuros, cada um com um lema simbólico. O texto teria sido mantido oculto até o século XVI, quando foi publicado por Arnold de Wyon — um fato que levanta suspeitas de manipulação. Ainda assim, o documento sobrevive há séculos, ressurgindo sempre em tempos de crise espiritual.
Ainda assim, é difícil ignorar que muitos dos lemas encaixam com precisão assustadora nos papas que vieram depois da publicação. Coincidência, manipulação histórica… ou algo além?
Profecia ou Engenharia Retroativa? O Debate que Não Morre
Muitos estudiosos afirmam que os primeiros 70 lemas são extraordinariamente precisos. Isso levanta suspeitas: será que a lista teria sido forjada retroativamente, com base em fatos já ocorridos?
O Lema Perdido: O Que Significa Francisco Estar Fora da Lista?
“In Persecutione Extrema…” O Lema Final que Não Lema
Ao contrário dos 111 papas anteriores, cujos lemas eram curtos, simbólicos e muitas vezes enigmáticos, o suposto último trecho da Profecia de São Malaquias não segue esse padrão. Em vez de um lema, encontramos uma descrição mais extensa e sombria:
“In persecutione extrema S.R.E. sedebit Petrus Romanus…”
“Durante a última perseguição da Santa Igreja Romana reinará Pedro, o Romano…”
Esse trecho indica que o último papa será chamado “Pedro, o Romano” e governará durante um período de extrema perseguição, ao fim do qual a cidade das sete colinas (Roma) será destruída e o temido Juiz julgará o povo — alusão direta ao juízo final.
LISTA DE LEMAS

NOTAS IMPORTANTES
- A profecia não traz nomes explícitos, apenas lemas descritivos.
- A profecia não traz número de papas, apenas número de lemas entre 1143 e 2025, (nem todos os lemas faz referência clara, pois, existem pontificados muito curtos, antipapas, e duplas interpretações envolvidas.).
- O último lema completo (não numerado como os demais) representa ou o papado 112º ou a pausa na profecia com Francisco.
- Ou 112º papa, como o último da profecia, identificado com o lema “Pedro Romano” ainda estar por vir.
DE FORMA GERAL
- Entre o Papa Celestino II (1143) e Papa Francisco (2025) houve cerca de 61 papas canônicos reconhecidos oficialmente.
- Então por que 112 lemas? Porque muitos estudiosos e intérpretes da profecia afirmam que:
- Alguns lemas podem ter se referido a antipapas (rivais dos papas legítimos);
- Outros podem ter coberto colegiados breves ou figuras simbólicas;
- E outros podem ser interpretações sobrepostas ou alegóricas.
Mas… Francisco é esse “Pedro, o Romano”?
Aqui começam as duas principais correntes interpretativas que dividem estudiosos e místicos cristãos:
1. FRANCISCO É O “PEDRO ROMANO” E O ÚLTIMO PAPA
- Jorge Mario Bergoglio tem origem italiana (família do Piemonte, norte da Itália), ou seja, ligado a Roma.
- Relatos não oficiais indicam que ele considerou adotar o nome Pedro ao assumir o papado, mas optou por Francisco em homenagem a São Francisco de Assis.
- Alguns líderes evangélicos e católicos, como o Pr. Antônio Júnior, enxergam nele o retorno ao espírito de simplicidade e à fé primitiva — como Pedro, o primeiro papa, “fundador” da Igreja.
- Francisco não recebeu lema próprio na profecia, o que muitos interpretam como sinal de que ele representa a fase final, o silêncio antes do juízo.
- Seu retorno à simplicidade apostólica de Pedro;
- A “coincidência” de ser o último, por ora.
Mas, se Francisco foi o último, o que vem depois do fim?
Essa leitura o coloca como o próprio Pedro Romano, e o tempo pós-Francisco seria o período de “desolação”, sem sucessor legítimo, o que indicaria o fim da sucessão apostólica visível — e o início do que muitos chamam de “igreja invisível”.
2. FRANCISCO É O PENÚLTIMO, E AINDA VIRÁ O PEDRO ROMANO
- A profecia diz que “durante a última perseguição reinará Pedro, o Romano”. Isso indica, para muitos, uma fase futura e ainda não iniciada.
- Francisco teria sido apenas uma pausa na contagem dos lemas (que difere da contagem de papas), com Bento XVI como o 111º lema (De Glória Olivae), e o verdadeiro 112º — Pedro Romano — ainda surgirá, como um personagem profético chave no cenário do Apocalipse.
- Alguns teólogos apocalípticos sugerem que esse último papa ainda surgirá como um falso profeta, aliado do Anticristo, alterando os valores tradicionais da fé e levando muitos à apostasia.
Essa leitura preserva Francisco como o “vazio entre lemas”, o espaço entre o símbolo e o juízo. Um papa simbólico, mas não o final — apenas a última calmaria antes da grande tempestade.
Então… Quem é o Último Papa?
A resposta permanece ambígua e aberta à interpretação, e é exatamente isso que alimenta o fascínio pela profecia. Francisco pode ter sido o último verdadeiro papa, encerrando o ciclo da Igreja institucional. Ou pode ser o penúltimo, o precursor de um personagem sombrio que conduzirá a Igreja rumo à crise final — Pedro Romano como um título ainda por vir, em um tempo onde a religião e a política se fundirão de modo jamais visto.
7 Verdades Incômodas que a Profecia de Malaquias Desenterra
1. O Número 112: Coincidência ou Código Divino?
O número 112 pode ser interpretado como 1 (Deus) + 12 (autoridade apostólica). Para alguns estudiosos místicos, essa soma aponta para um retorno à essência do cristianismo: sem estruturas institucionais, apenas a fé crua e pessoal. Um novo tempo espiritual?
2. O Silêncio Profético: Uma Pausa ou o Apocalipse em Espera?
Apocalipse 8:1 fala sobre um silêncio no céu antes da manifestação dos juízos. O silêncio de Francisco na profecia — sem lema, sem substituto imediato — pode simbolizar essa pausa cósmica antes do rompimento definitivo da história humana.
3. Pedro, o Primeiro e o Último: Um Círculo Profético se Fecha?
Pedro foi o primeiro papa. Francisco, se de fato for o último, fecharia um ciclo. A Igreja voltaria às suas raízes, cumprindo uma espécie de círculo profético — da pedra ao pó, da instituição à revelação.
4. A Profecia que Não Morre: Por que Ainda Falamos Dela?
Mesmo contestada, a Profecia de Malaquias continua a alimentar debates porque oferece estrutura a um mundo instável. Diante do caos, buscamos padrões. Diante do medo, buscamos palavras que antecipem o fim. O eco de Malaquias nos revela mais sobre nós do que sobre Deus.
5. A Igreja em Ruínas: Rupturas Internas e Cismas Crescentes
Sob o papado de Francisco, os conflitos dentro da Igreja se intensificaram: desde debates sobre bênçãos a casais homoafetivos até o papel das mulheres e a crise de abusos sexuais. A profecia acerta mais no sintoma do que no símbolo: uma Igreja dilacerada de dentro para fora.
6. Teologia e Numerologia: Um Casamento Perigoso?
A mistura entre misticismo numérico e fé sempre teve apelo. Mas também é terreno fértil para manipulações. A profecia de Malaquias exemplifica essa tensão: entre inspiração divina e superstição. Onde termina a fé e começa o desejo humano de controlar o invisível?
7. Se for Verdade… E Agora?
Se estivermos, de fato, no limiar do fim, qual é o nosso papel? Especular ou preparar? Lamentar ou despertar? Talvez o último papa não seja um sinal de terror, mas de oportunidade: um chamado à fé viva, sem mediadores, sem ídolos. Apenas o Cristo.
Entre a fé e a dúvida: estamos mesmo diante do fim?
A “morte do papa” se torna, nesse contexto, mais do que um luto — é um estopim. E não apenas porque Francisco era o líder de mais de um bilhão de fiéis ao redor do mundo. É o timing de sua morte (logo após renúncias, conflitos internos, divisões doutrinárias) que reacende a profecia.
Estamos diante do último papa? Ou seria isso apenas mais uma coincidência medieval?
A verdade é que ninguém sabe ao certo se São Malaquias escreveu ou não a profecia. Há argumentos fortes nos dois lados:
- Alguns acadêmicos defendem que os primeiros 70 lemas coincidem com exatidão, mas os últimos parecem vagos — o que sugeriria uma fraude retroativa;
- Outros apontam que as “coincidências” são tantas que ignorá-las seria intelectualmente desonesto.
E aí vem a grande pergunta: independentemente de ter sido escrita no século XII ou no século XVI, por que essa profecia continua ressoando até hoje?
Talvez porque, no fundo, a humanidade sempre buscou sinais. Sempre desejou saber o que vem depois. E quando o último nome da lista — Pedro, o Romano — não aparece… ou melhor, aparece disfarçado num papa chamado Francisco, o silêncio se torna ainda mais gritante.
SOBRE O ANTICRISTO E A ABERTURA DO CAMINHO
A ideia de que o último papa prepararia o caminho para o Anticristo é popular entre alguns círculos escatológicos protestantes, como também entre alguns católicos tradicionalistas.
Essa crença se baseia na interpretação de passagens bíblicas como:
- 2 Tessalonicenses 2:3-4, que fala do “homem da iniquidade” sentado no templo de Deus.
- A ideia de que o anticristo enganaria até os escolhidos, se possível (Mateus 24:24).
Teóricos sugerem que um papa ecumênico demais, relativista ou que comprometa doutrinas fundamentais, poderia ser o “falso profeta” do Apocalipse, um aliado do Anticristo.
➡️ O Papa Francisco, por ser aberto ao diálogo inter-religioso e por algumas posições mais “progressistas”, tem sido alvo de muitas dessas teorias — o que não significa que sejam verdadeiras, mas que refletem um temor escatológico real em alguns segmentos.

A Profecia como Espelho da Dúvida Humana
Talvez a profecia de São Malaquias nunca tenha sido sobre papas, mas sobre pessoas. Sobre como lidamos com a incerteza. Sobre como desejamos sinais, mesmo quando o maior já nos foi dado: o amor de Deus revelado em Cristo.
A cosmovisão cristã bíblica nos lembra que Cristo é suficiente. Nenhum papa — seja ele o primeiro ou o último — pode ocupar o trono do Cordeiro. A verdadeira Igreja vive agora, onde dois ou três estão reunidos em Seu nome. E ela não depende de Roma.
3 Livros Que (Talvez) o Vaticano Preferia que Você Ignorasse
Essa Profecia continua repercutindo. Se ela já te deixou inquieto(a), esses livros vão te levar ainda mais longe — ligando pontas entre história, conspiração, fé e possíveis sinais do fim de uma era. Não são obras convencionais: são leituras que provocam perguntas que nem sempre ganham espaço no púlpito.
Leia por sua conta e risco. E prepare-se para enxergar o papado sob uma nova lente.
1. As Profecias de São Malaquias: Revelações para os Últimos Tempos (Editora: Homilias Edições Digitais)
Um e-book direto, simples e acessível que oferece uma visão geral sobre a profecia e seu impacto na espiritualidade atual. Ideal como introdução ou reflexão devocional.
Indicado para quem está começando no tema e deseja algo de leitura mais rápida e espiritual.
2. O Último Papa: Francisco – O Declínio do Vaticano – As Profecias de São Malaquias (de Robert Howells)
Uma investigação moderna sobre os bastidores dessa profecia, com foco direto no papado de Francisco. Aponta conexões entre eventos históricos, crises internas no Vaticano e o possível fim de uma era.
Indicado para quem quer confrontar a narrativa oficial e se aprofundar no contexto atual do papado.
LEIA TAMBÉM: O que esperar após a morte do PAPA Francisco?
3. A Profecia dos Papas de São Malaquias (Editora: Zéfiro)
Um clássico em português, com tradução dos lemas latinos, comentários históricos e interpretações. Essencial para quem deseja acompanhar os papas da lista de forma detalhada.
Indicado para quem busca uma leitura sólida, documentada e bem contextualizada.
Reflexão Teológica
Como cristãos, especialmente se você vem de um contexto protestante ou reformado (como o Batista, que você mencionou), é importante lembrar:
- Jesus disse que nem os anjos sabem o dia ou a hora, apenas o Pai (Mateus 24:36).
- Paulo nos orienta a não sermos enganados por cada vento de doutrina (Efésios 4:14).
- Devemos vigiar e orar, mas não viver com medo ou ansiedade, e sim com fé e firmeza.
Sim, se a profecia for verdadeira e interpretada ao pé da letra, o próximo papa seria o último.
Mas há muitos questionamentos sobre a autenticidade e intenção da profecia de São Malaquias.
O mais importante é discernir os tempos à luz da Palavra, da oração e da vigilância, e não colocar nosso foco em cronogramas ocultos, mas em Cristo.
Estamos vendo o fim de uma era… ou o começo de algo que nem a história da Igreja ousou prever?
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